Com vários deslocamentos diários, ambulâncias de empresa especializada em resgate de pacientes lida com desconhecimento dos motoristas
Na prática, todo mundo sabe: se a ambulância ou carro de polícia está com a sirene ligada, tem a preferência na passagem e os carros e motos precisam dar um jeitinho para abrir caminho. Mas na hora do vamos ver, muitos condutores se apavoram e não sabem bem o que fazer. Com a pandemia e o aumento de remoções de pacientes, especialmente os que estão com suspeita de contaminação por Covid-19, o número de veículos de resgate em circulação aumentou na cidade. Somente as ambulâncias da empresa Translife Emergências Médicas se deslocam, em média, dez vezes por dia transportando pacientes nas ruas de Campinas.
E numa metrópole como essa, o que um condutor de ambulância pode dizer é que muitos motoristas não sabem o que fazer ao ouvir a sirene se aproximar. “Trata-se de uma situação delicada e de muita adrenalina, num momento em que segundos pode fazer toda a diferença para salvar a vida de alguém. Precisamos manter a calma e contornar a situação de forma segura, porém eficiente, para todos”, explica Fábio Fernandes dos Santos, enfermeiro e diretor da Translife.
De acordo com o advogado especialista de trânsito, Renato Campestrini, conforme prevê o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), os veículos de socorro e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito, além de prioridade de trânsito, têm direito à livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviços de urgência e com a sirene e giroflex ligados.
Por isso, quando uma ambulância solicita passagem, os demais condutores devem deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita e parando se necessário. Já os pedestres devem permanecer na calçada e só realizando a travessia após a passagem do veículo.